20 DE MAIO – DIA DO PEDAGOGO
Pois é, eu sei que não tenho sido uma blogueira muito
presente, mas como posso explicar... É
mais fácil escrever um livro, ou escrever no meu próprio diário, às
vezes não consigo colocar em palavras e postar aqui, mas vamos ao que
interessa, eu não poderia deixar essa data tão especial para mim passar em
branco né?
Primeiramente, felicidades a todos aqueles que são
pedagogos, se tornarão em breve e pensam em trilhar esse caminho, cheio de
espinhos e também cheio de muitos momentos bons e felizes... Mas já que estamos
comemorando essa data tão querida, mais uma que preciso registrar no meu
cérebro já tão esquecido de datas importantes, kkkkkkkkkkkk, meus amigos que o
digam, tem dias que esqueço até que data é, mas vamos ao que importa.
Esse dias me peguei lendo um dos tantos escritores que
decidiu fazer seu livro em cima da estória de Paulo Freire, confesso que
conheço pouco sobre ele, mas tempo não vai me faltar para tal, já que ele será
um dos meus mestres na arte de trazer para a sala de aula a prática de mostrar
que as crianças ainda são o futuro do nosso país, só não podemos deformá-las
com coisas idiotas do tipo, “Uma criança não está pronta para aprender a
palavrinha violência, pois sua cognição física a mental não está pronta para
isso!” Entretanto, essa mesma criança já pode estar em casa, sofrendo e vivendo
essa palavrinha na pele e achar que
merece ser espancada até a morte porque foi uma menina má e queria mais atenção.
Precisamos desenvolver em nossos educandos a criticidade,
chega de transformá-las em mecanismos de nossa sociedade, isso é faltar com o
respeito que os pedagogos dão ao seu próprio juramento no dia de sua formatura.
Entendam não estou aqui para criticar ninguém, mas para mostrar minha
indignação, diante da desvalorização do profissional que dá aulas para as crianças
menores de seis anos, consideradas ainda não prontas pra entender seu papel na
sociedade, é aí que erramos, elas estão prontas sim, pois sua bagagem cultural
e social já existe, ela já tem uma estória de vida e precisamos levar isso em
conta, não é só conteúdismo, depósito de informação nunca fez filósofos, mas
sim quando estes passavam seus ensinamentos a diante.
CONFESSO QUE O TECLADO DO MEU COMPUTADOR TÁ SOFRENDO AQUI
AGORA, TALVEZ EU ESTEJA FURIOSA, EU NÃO SEI, MAS ADMITO QUE ÀS VEZES ME SINTO
INCAPAZ DIANTE DE UMA SOCIEDADE TÃO
ACOMODADA E INCAPAZ DE LUTAR POR SEU POVO, ESTOU CANSADE DE GRITAR E OUVIR DAS
PESSOAS QUE ISSO É NORMAL...
NÃO É, NÃO VOU ADMITIR ISSO E FICAR CALADA, NÃO VIVEMOS MAIS
NA DÉCADA DE 60 E 70, ONDE AS PESSOAS ERAM MORTAS POR DIZEREM O QUE PENSAVAM.
Aqui vai um trecho que achei interessante sobre a concepção
de Paulo Freire sobre duas formas de educação, a educação bancária e a educação
problematizadora:
EDUCAÇÃO BANCÁRIA:
O educador é sempre o que educa: o educando, o que é
educado. O educador é quem sabe; os educandos os que não sabem.
O educador é quem
pensa, o sujeito do processo; os educandos são os objetos pensados.
O educador é quem fala; os educandos os que escutam
docilmente.
O educaodr é quem
disciplina; os educandos os disciplinados.
O educador é quem
opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição.
O educador é quem
atua, os educandos são aqueles que têm a
ilusão de que atuam, na atuação do educador.
O educador é quem escolhe o conteúdo programático, os educandos,
aos quais jamais se escuta, se acomodam a ele.
O educador identifica a autoridade do saber com sua
autoridade funcional, a qual opõe antagonicamente à liberdade dos educandos.
São estes que devem
adaptar-se às determinações daquele. Finalmente, o educador é o sujeito do processo, os
educandos, meros objetos.
Se o educador é quem sabe, e se os educandos são aqueles
ignorantes, lhe cabe, então, ao primeiro, dar, entregar, levar, transmitir seu
saber aos segundos.
Saber que deixa de ser um saber de experiência realizada
para ser o saber da experiência narrada ou transmitida. Não é de estranhar,
assim, que nesta visão bancária da educação os homens sejam vistos como seres
da adaptação. Quanto mais exercitam os educandos no arquivo dos depósitos que
lhes são feitos, tanto menos desenvolverão em si a consciência crítica da qual
resultaria sua inserção no mundo, como transformadores dele. Como sujeitos do
mesmo. Quanto mais se lhes imponha passividade, tanto mais ingenuamente
tenderão a adaptar-se ao mundo, em lugar de transformar, tanto mais tendem a adaptar-se
à realidade parcializada nos depósitos recebidos. Na medida em que esta visão
bancária anula o poder criador dos educandos ou o minimiza, estimulando assim
sua ingenuidade e não usa criticidade, satisfaz aos interesses dos opressores.
(...)
EDUCAÇÃO
PROBLEMATIZADORA:
“Já ninguém educa ninguém, assim como tampouco ninguém se
educa a sim esmo, os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”.
Quanto mais se problematizam os educandos como seres no
mundo e com o mundo, mais se sentirão desafiados. Tanto mais desafiados quanto
mais se vejam obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o
desafio na própria ação de catá-lo. Não obstante, precisamente porque captam o
desafio como um problema em suas conexões com outros, em um plano de totalidade
e não como algo petrificado, a compreensão resultante tende a tronar-se
crescente (...) novas compreensões de novos desafios, que vão surgindo no
processo de resposta, se vão reconhecendo mais e mais como compromisso. É assim
que se dá o reconhecimento que compromete.
Por fim
NINGUÉM EDUCA NINGUÉM
– NINGUÉM SE EDUCA A SI MESMO. OS HOMENS SE DUCAM ENTRE SI. MEDIATIZADOS PELO
MUNDO
NINGUÉM LIBERTA
NINGUÉM – NINGUÉM SE LIBERTA SOZINHO – OS HOMENS SE LIBERTAM EM COMUNHÃO
Fica o recado, acho
que não preciso dizer mais nada, acho até que me estendi um pouco, mas espero
que entendam e compreendam beijos e até a próxima!!!!!!!!!!!
ELIANE STHEFANI
“Educai as crianças
para que não seja necessário punir os adultos”
PITÁGORAS
Muito bom o post, principalmente porque você será uma educadora, fica ótimo se seu blog sempre tocar nesses assuntos, ou der dicas e orientações voltadas à educação das crianças!
ResponderExcluirAcho que vou levar Gabriel pra tu ensinar!!kkkkk
Bjos!