domingo, 20 de maio de 2012

20 DE MAIO – DIA DO PEDAGOGO

                       Pois é, eu sei que não tenho sido uma blogueira muito presente, mas como posso explicar... É  mais fácil escrever um livro, ou escrever no meu próprio diário, às vezes não consigo colocar em palavras e postar aqui, mas vamos ao que interessa, eu não poderia deixar essa data tão especial para mim passar em branco né?

                     Primeiramente, felicidades a todos aqueles que são pedagogos, se tornarão em breve e pensam em trilhar esse caminho, cheio de espinhos e também cheio de muitos momentos bons e felizes... Mas já que estamos comemorando essa data tão querida, mais uma que preciso registrar no meu cérebro já tão esquecido de datas importantes, kkkkkkkkkkkk, meus amigos que o digam, tem dias que esqueço até que data é, mas vamos ao que importa.

Esse dias me peguei lendo um dos tantos escritores que decidiu fazer seu livro em cima da estória de Paulo Freire, confesso que conheço pouco sobre ele, mas tempo não vai me faltar para tal, já que ele será um dos meus mestres na arte de trazer para a sala de aula a prática de mostrar que as crianças ainda são o futuro do nosso país, só não podemos deformá-las com coisas idiotas do tipo, “Uma criança não está pronta para aprender a palavrinha violência, pois sua cognição física a mental não está pronta para isso!” Entretanto, essa mesma criança já pode estar em casa, sofrendo e vivendo essa palavrinha  na pele e achar que merece ser espancada até a morte porque foi uma menina má e queria mais atenção.

                   Precisamos desenvolver em nossos educandos a criticidade, chega de transformá-las em mecanismos de nossa sociedade, isso é faltar com o respeito que os pedagogos dão ao seu próprio juramento no dia de sua formatura. Entendam não estou aqui para criticar ninguém, mas para mostrar minha indignação, diante da desvalorização do profissional que dá aulas para as crianças menores de seis anos, consideradas ainda não prontas pra entender seu papel na sociedade, é aí que erramos, elas estão prontas sim, pois sua bagagem cultural e social já existe, ela já tem uma estória de vida e precisamos levar isso em conta, não é só conteúdismo, depósito de informação nunca fez filósofos, mas sim quando estes passavam seus ensinamentos a diante.

                      CONFESSO QUE O TECLADO DO MEU COMPUTADOR TÁ SOFRENDO AQUI AGORA, TALVEZ EU ESTEJA FURIOSA, EU NÃO SEI, MAS ADMITO QUE ÀS VEZES ME SINTO INCAPAZ DIANTE  DE UMA SOCIEDADE TÃO ACOMODADA E INCAPAZ DE LUTAR POR SEU POVO, ESTOU CANSADE DE GRITAR E OUVIR DAS PESSOAS QUE ISSO É NORMAL...

NÃO É, NÃO VOU ADMITIR ISSO E FICAR CALADA, NÃO VIVEMOS MAIS NA DÉCADA DE 60 E 70, ONDE AS PESSOAS ERAM MORTAS POR DIZEREM O QUE PENSAVAM.

           Aqui vai um trecho que achei interessante sobre a concepção de Paulo Freire sobre duas formas de educação, a educação bancária e a educação problematizadora:

EDUCAÇÃO BANCÁRIA:

O educador é sempre o que educa: o educando, o que é educado. O educador é quem sabe; os educandos os que não sabem.

 O educador é quem pensa, o sujeito do processo; os educandos são os objetos pensados.

O educador é quem fala; os educandos os que escutam docilmente.

 O educaodr é quem disciplina; os educandos os disciplinados.

 O educador é quem opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição.

 O educador é quem atua, os educandos são aqueles que têm  a  ilusão de que atuam, na atuação do educador.

O educador é quem escolhe o conteúdo programático, os educandos, aos quais jamais se escuta, se acomodam a ele.

O educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, a qual opõe antagonicamente à liberdade dos educandos.

 São estes que devem adaptar-se às determinações daquele. Finalmente,  o educador é o sujeito do processo, os educandos, meros objetos.

Se o educador é quem sabe, e se os educandos são aqueles ignorantes, lhe cabe, então, ao primeiro, dar, entregar, levar, transmitir seu saber aos segundos.

Saber que deixa de ser um saber de experiência realizada para ser o saber da experiência narrada ou transmitida. Não é de estranhar, assim, que nesta visão bancária da educação os homens sejam vistos como seres da adaptação. Quanto mais exercitam os educandos no arquivo dos depósitos que lhes são feitos, tanto menos desenvolverão em si a consciência crítica da qual resultaria sua inserção no mundo, como transformadores dele. Como sujeitos do mesmo. Quanto mais se lhes imponha passividade, tanto mais ingenuamente tenderão a adaptar-se ao mundo, em lugar de transformar, tanto mais tendem a adaptar-se à realidade parcializada nos depósitos recebidos. Na medida em que esta visão bancária anula o poder criador dos educandos ou o minimiza, estimulando assim sua ingenuidade e não usa criticidade, satisfaz aos interesses dos opressores. (...)

EDUCAÇÃO PROBLEMATIZADORA:

“Já ninguém educa ninguém, assim como tampouco ninguém se educa a sim esmo, os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”.

Quanto mais se problematizam os educandos como seres no mundo e com o mundo, mais se sentirão desafiados. Tanto mais desafiados quanto mais se vejam obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de catá-lo. Não obstante, precisamente porque captam o desafio como um problema em suas conexões com outros, em um plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão resultante tende a tronar-se crescente (...) novas compreensões de novos desafios, que vão surgindo no processo de resposta, se vão reconhecendo mais e mais como compromisso. É assim que se dá o reconhecimento que compromete.

Por fim

 

NINGUÉM EDUCA NINGUÉM – NINGUÉM SE EDUCA A SI MESMO. OS HOMENS SE DUCAM ENTRE SI. MEDIATIZADOS PELO MUNDO

NINGUÉM LIBERTA NINGUÉM – NINGUÉM SE LIBERTA SOZINHO – OS HOMENS SE LIBERTAM EM COMUNHÃO

Fica o recado, acho que não preciso dizer mais nada, acho até que me estendi um pouco, mas espero que entendam e compreendam beijos e até a próxima!!!!!!!!!!!

ELIANE STHEFANI

“Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos”

 PITÁGORAS


Um comentário:

  1. Muito bom o post, principalmente porque você será uma educadora, fica ótimo se seu blog sempre tocar nesses assuntos, ou der dicas e orientações voltadas à educação das crianças!
    Acho que vou levar Gabriel pra tu ensinar!!kkkkk
    Bjos!

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