segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

MEMORIAL

Oiiiiiiiii!!!!!!!! Hoje decidi postar para vocês um pequeno memorial que escrevi no início de 2011 para apresentar para minha antiga turma do 3° ano, foi uma das poucas vezes em que realmente perdi a timidez e expus um pouco da minha vida a todos. Peço a paciência de vocês, pois a leitura talvez seja um pouco arrastada e cansativa, mas coloquei no papel e agora estou digitando porque sempre me expressei melhor escrevendo (nesse caso digitando, kkk) do que falando.
Espero que gostem!!!!!!!!

MOMENTOS

Não me lembro muito do meu primeiro dia de aula, eu devia ter uns três ou quatro anos, mas algo específico me vem à memória sobre esse dia, MEDO, um verdadeiro pavor de estar em um lugar que eu não conhecia ninguém, quando minha mãe me deixou na classe e foi embora eu percebi que estava sozinha, sendo assim foi impossível segurar as lágrimas, mas elas duraram apenas até a hora do recreio, quando fiz amizades.
Minha professora era alta, magra e tinha feições rígidas que me lembravam um general, mas de general ela não tinha nada, era doce, gentil e paciente, não me esqueço nem mesmo de seu nome tão bonito Laide Claire, ela ensinava todas as disciplinas de forma compreensiva e detalhada, não tive dificuldade com a escrita, mas com a leitura não era a mesma coisa, pois eu gaguejava muito e as outras crianças não ajudavam, riam de mim o tempo todo e isso me fez ter vergonha de ler e até mesmo de conversar.
Tia Laide como eu a chamava, escolhia um dia da semana para ler historinhas no cantinho da leitura, nos sentávamos no chão da sala ao lado de uma caixa cheia de livrinhos infantis e pedíamos que ela lesse para nós, depois falávamos o que tínhamos gostado mais, eram aulas maravilhosas e quando acabavam, eu ficava contando os dias para  a próxima semana chegar.
Meus pais não me ajudavam muito na leitura porque não tinham muito tempo nem paciência, a professora fazia o que podia para dar conta de uma sala de quase 60 alunos sozinha, nessa época meus irmãos me ajudaram muito, principalmente minha irmã que foi muito importante para a minha gagueira, todas as noites ela lia uma história para mim e eu comecei a prestar mais atenção na pronúncia das palavras, posso dizer que 80% da minha gagueira foi curada graças a ela que também me ajudava com as tarefinhas de casa.
As historinhas infantis que mais me marcaram foram “Os três porquinhos”, “Barba Azul” e “Pinóquio” este último me intrigou, o fato de que mentir fazia o nariz crescer me preocupou por semanas e me deixou cautelosa, ele tinha mais de 250 páginas, várias ilustrações, fiquei muito triste quando por descuido meu o perdi na volta da escola.
A Língua Portuguesa nunca foi um desafio para mim quando criança, a produção e interpretação de textos, além da pronúncia foram sendo aprimoradas a até a 6° série meus problemas com a leitura já tinham se dissipado por completo, mas no Ensino Médio tudo se tornou um pouco mais complexo, os textos que eu adorava criar e que me faziam fugir da mesmice, foram sendo substituídas por GRAMÁTICA e regras, áreas da matéria não muito boas para mim, mas necessárias, as redações cheias de limites me impossibilitaram de pôr no papel o que realmente tinha vontade, posso dizer que o ensino evoluiu e eu junto com ele, meu caráter foi moldado graças a persistência dos meus professores e o meu empenho, mas ainda adoraria ter o prazer de criar historinhas que me transportassem a um mundo mágico, mesmo que não saísse do papel.
Ultimamente tenho escrito com o objetivo de rever meus conceitos, as regras da nova ortografia e melhorar minha caligrafia, escrevo para meus professores ou para mim, gosto da ideia de ler coisas que escrevi  anos atrás, tenho até um diário onde posso expor meu ponto de vista a respeito do dia-a-dia e das minhas perspectivas em relação ao futuro que se aproxima cada vez mais e me deixa com um misto de medo e ansiedade.
Leio de tudo um pouco, gosto de livros de romance ou mistérios policiais como os livros de Sir Arthur Conan Doyle escrito que deu vida ao detetive mais famoso e egocêntrico “Sherlock Holmes”, produzo romances e histórias que envolvam assassinato e investigação, gosto de escrever também artigos de opinião.
A importância da leitura não se pode explicar apenas sentir, é uma fonte inesgotável de saber, uma das poucas coisas que se pode ter e que ninguém tirará de você, é através da leitura que obtenho entendimento, conhecimento e sabedoria, quanto mais leio mais quero ler, aprendo, me organizo, me educo e melhoro minha fala e minha linguagem se torna rica, mas tudo isso com respeito e humildade, mesmo com essa era de tecnologia e linguagem abreviada a leitura é a chave para a formação do caráter humano, é a nossa maior arma contra as impunidades e injustiças do mundo e nossa maior defesa contra a ignorância, pretendo escrever e aprender cada dia mais e quando faltar o papel, terei a voz e quando a voz faltar, terei consciência e quando isso faltar também, posso morrer, pois já não sou mais nada.

Um grande beijo!!!!!!!!!!
 Eliane Sthefani.


Um comentário:

  1. Eu não me lembrava desse livro de pinóquio, que memória essa minha, tô ficando velha, tu já vai para a facu e Gabriel já vai à escola, pode isso?aff!!!!!!
    bjos!!

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